CURSO DE FLAUTA
Conselhos para o principiante:
- Segurar a flauta com a mão esquerda,
colocando o polegar no furo posterior e os dedos indicador, médio, anelar nos
três primeiros furos da flauta. Em seguida, obstruir os outros furos da flauta
com os dedos com os dedos da mão direita.
- Soprar a flauta suavemente e com fluxo
de ar constante.
- O aumento da folga da 1a junção do corpo
da flauta pode ser suficiente para coincidir a afinação da flauta com a do
instrumento que faz o acompanhamento.
- Faça logo uma capa para a flauta, com
uma alça para mantê-la presa ao seu corpo durante o transporte. Não espere que
ela caia no chão ou seja esquecida em algum lugar para depois providenciar a
capa com alça.
A flauta doce soprano limita-se a notas
mais agudas que o Si3, mas não desanime por isso porque as músicas sacras
escolhidas pela ir. Miria Kolling em um dos cursos dela, por exemplo, continha
37% de músicas no alcance desta flauta. Além disso, ainda se tem o recurso de
se reescrever a música numa tonalidade conveniente.
Rio de janeiro, 07/07/08 – http://www.repolitica.blogspot.com/
A flauta na música Sacra (Curso de
Maragogipinho, Aratuípe/BA)
1.A música Sacra, como as que são
utilizadas na liturgia das missas dominicais, sobretudo os salmos, pode ter a
sua melodia reproduzida por uma flauta. Vamos sempre nos referir à flauta doce
do tipo Germânica. Sugerimos também que o acompanhamento seja por um violão,
para disciplinar a duração das notas e as pausas.
2. Uma flauta doce soprano pode ajudar a
se entoar a melodia de muitas músicas sacras, . Ao ser adquirida, a própria
flauta já traz uma folha com a correspondência entre as notas musicais e os
registros da flauta, com algumas músicas clássicas para treinamento. É o caso,
por exemplo, da flauta PRESLEY. Assim o iniciante já pode tocar algumas músicas
até se acostumar com as posições dos dedos na flauta, e ir, progressivamente,
adquirindo agilidade e eficiência.
3. A correspondência entre as notas
emitidas pela flauta e a localização destas no pentagrama é fornecida na folha
que acompanha a flauta da marca YAMAHA.
4. Todo o ciclo de aprendizado se
encerraria no item 3, anterior, se o aprendiz já tivesse algumas noções de
teoria musical. Nós pretendemos fornecer esse complemento utilizando uma
partitura e explicando como pode ser lida uma melodia que foi escrita no pentagrama
(pauta).
5. O PENTAGRAMA, como o próprio nome
sugere (penta = 5), consta de 5 linhas horizontais e paralelas.
6. . No início da pauta nós introduzimos a
CLAVE de SOL, que tem a função de convencionar a 2a linha como sendo a linha
onde será escrita a nota SOL. As linhas são contadas de baixo para cima.
7. Escrita das notas no pentagrama: para
representá-las usamos a cabeça (o), que pode ser ôca ou cheia, a HASTE (!) e a
BANDEIRA (\).
8. . FREQUÊNCIA das notas no pentagrama:
cada nota possui uma freqüência, medida em Hertz (Hz), que a distingue quando
captada pelo ouvido humano ou por sensores eletrônicos. As pessoas que não
percebem essas freqüências são classificadas como ATÔNICAS. As freqüências que
interessam nas composições musicais recebem nomes específicos e são em número
de 12:
1a) Dó; 2a) Dó sustenido ou Ré bemol; 3a)
Ré; 4a) Ré sustenido ou Mi bemol; 5a) Mi; 6a) Fá; 7a) Fá sustenido ou Sol
bemol; 8a) Sol; 9a) Sol sustenido ou Lá bemol; 10a) Lá; 11a) Lá sustenido ou Si
bemol; 12a) Si. O SUSTENIDO tem a função de aumentar a entonação de um
semitono, e o BEMOL a de diminuí-la de um semitono.
9. Vamos utilizar a cabeça das notas para
situá-las em suas devidas posições no pentagrama (ver item 7), colocando-se a
clave de Sol (item 6) e seguindo a ordem mostrada no item 8. Porém, nessa
primeira fase só mostraremos as notas que não tem as alterações de sustenido ou
bemol.
Observações:
9.1) Quando a linha corta a cabeça quer dizer que a nota está
escrita na linha. O pentagrama tem 5 linhas fundamentais e outras mais que são
chamadas de SUPLEMENTARES INFERIORES e SUPLEMENTARES SUPERIORES.
9.2) Quando a linha não corta a cabeça,
significa que a nota está escrita no ESPAÇO entre as linhas. O pentagrama tem 4
espaços fundamentais, que correspondem as notas Fá (1o espaço), Lá (2o espaço),
Dó (3o espaço), e Mi (4o espaço). No primeiro espaço inferior teremos a nota Ré
e no segundo espaço inferior a nota Si. De forma semelhante devemos raciocinar
no caso das linhas e espaços suplementares superiores, pois as freqüências vão
aumentando a medida que as notas vão sendo escritas em níveis mais altos e
seguem a seqüência mostrada no item 8.
10. A DURAÇÃO das notas é representada
pelo tipo de cabeça, oca ou cheia (ver item 7), pela presença da haste, e pelas
bandeiras. Quando a duração da nota, ou seja, a presença do som se acaba, vem o
silêncio (pausa), que é a ausência de freqüência. A duração do silêncio também
é medida e tem figuras para representá-la, da mesma forma que o som as tem.
10.1) Duração do som:
1 – SEMIBREVE = 2 mínimas = 4 semínimas =
8 colcheias = 16 semicolcheias
2 – MÍNIMA = 2 semínimas = 4 colcheias = 8
semicolcheias
4 – SEMÍNIMA = 2 colcheias = 4
semicolcheias
8 – COLCHEIA = 2 semicolcheias
16 – SEMICOLCHEIA
10.2) Duração do silêncio:
Pausa de Mínima
Pausa de Semínima
Pausa de Colcheia
Pausa de Semicolcheia
10.3) PONTO DE AUMENTO – É o ponto
colocado após o símbolo do som ou do símbolo do silêncio, que aumenta a duração
em metade do valor que representa o símbolo.
10.4) SINAL DE LIGADURA – Soma as durações
das notas que estão ligadas por este sinal.
10.5) COMPASSO – É a divisão de um trecho
musical em partes que tem a mesma duração.
2/4 – Representa o compasso que tem a
duração de 2 semínimas.
4/4 – Compasso que tem a duração de 4
semínimas.
3/4 – Compasso que tem a duração de 3
semínimas.
6/8 – Compasso que tem a duração de 6
colcheias.
11. SEMITONO – É a menor divisão entre
dois sons musicais. As freqüências das notas mostradas no item 8 diferem, entre
cada uma delas, de um semitono. Porém, se considerarmos as notas naturais, ou
seja, sem alterações de BEMOL ou SUSTENIDO (item 9), vemos que entre algumas
delas, as diferenças de freqüência (INTERVALOS) são de 1 TONO = 2 SEMITONOS.
Por isso os intervalos entre as notas Mi e Fá, e entre as notas Si e Dó, são
semitonos naturais.
12. Numa verificação dos tonos e semitonos
em um teclado, observamos que as teclas brancas correspondem às notas naturais
e as teclas pretas às notas alteradas (sustenidos ou bemóis). Nota-se por
conseqüência que faltam teclas pretas entre as notas Mi e Fá, assim como entre
as notas Si e Dó. Este fato provoca a seqüência de 2 teclas pretas seguidas de
3 teclas pretas, que se repete porque a seqüência de Dó a Si também se repete.
Uma seqüência de Dó a Dó é chamada de OITAVA. As freqüências das notas vão
aumentando à medida que se percorre o teclado da esquerda para a direita, sendo
que a freqüência de cada nota da oitava seguinte é o dobro da de cada nota
correspondente na oitava anterior. Por exemplo, se a freqüência da nota Lá de
uma determinada oitava for de 440Hz, ela será de 880Hz na oitava seguinte.
13.. ARMADURA da PAUTA – Quando uma música
está escrita, pode ocorrer a necessidade de se ter algumas notas alteradas, de
acordo com a TONALIDADE (Tom da música) escolhida. Nesse caso, as alterações
são indicadas no início da pauta.
Exemplo: Este exemplo é um canto de
aclamação do Frei Fabretti que se encontra na capa desta apostila. Pedimos
desculpas aos internautas porque a partitura não pode ser adicionada ao texto,
uma vez que ela está em formato de figura, mas comuniquem-se conosco e
haveremos de achar uma meio de fornecê-la.
13.1 – A armadura é limpa, ou seja, não
mostra nenhuma nota alterada porque o tom da música é Dó maior.
13.2 – Quando existe uma alteração de uma
nota assinalada no meio da música, esta modificação só vale para as notas que
estão no mesmo compasso e após o sinal de alteração.
13.3 – Os compassos são separados por
barras verticais.
13.4 – O primeiro compasso da música pode
estar incompleto, assim como o último. Eles se completam quando se repete a
música (ANACRUSA).
Rio de Janeiro, 05/07/08
João Galilei
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